Conclusão – Aula 4 sábado, out 7 2006 

Principais diferenças entre as teses de Morris e Ruskin e o período do Fordismo:

RUSKIN prezava pelos aspectos sociais do design. Através da estética e valorização do processo criativo, pensava no sentido da concepção de cada objeto. Era contra a ALIENAÇÃO AO TRABALHO, pois para ele o design tinha que se libertar do processo de mecanização. O homem estava cada vez mais submetido aos ditames da máquina.

MORRIS foi o idealizador do movimento ARTS & CRAFTS. A função da forma do objeto era pensada, dando alma para cada criação. Tudo era feito com base em referências e inspirações. Seu objetivo era integrar a arte com reforma social. O design influenciava o modo de vida das pessoas. Havia uma relação SUBJETIVA, trazendo: prazer, fruição (admiração por um processo criativo), gozo, entendimento. Também tentava diminuir a pressão que os designers sofriam ao produzir em massa, negando os ditames do mercado.
No Movimento da REFORMA ESTÉTICA PARA AS MÁQUINAS, Frank Lloyd Wright faz apologia à máquina e tem a preocupação com o dinamismo, que pouparia o tempo de produção, e daria ênfase à expansão do mercado consumidor. Desta forma, o aumento do lucro e da produção estavam crescendo e com isso o apoio do governo era mais forte.
No FORDISMO a produção era feita de forma racionalizada. Foi criada a linha de montagem nas fábricas. Não haviam conceitos ligados ao social, causando o esvaziamento do sentido do objeto. Havia uma relação totalmente OBJETIVA, tendo como principais características a: conformidade, repetição, padronização, uniformização e extremo controle. O objetivo do TAYLORISMO era a redução de custos de trabalho e aumento da produtividade.
CONCLUSÃO : Foi um período de tensão para o design, criando um abalo na concepção da profissão e alicerces da ideologia do romantismo. Só a utilização ou mesmo só a função não supriam o desejo pelos objetos e nem interferiam na cultura trazendo novas visões e criatividade.

Conclusão – 3ª Aula sábado, set 16 2006 

Ruskin abriu uma discussão sobre o papel do design na sociedade, e defendia que o design recuperasse o aspecto artístico, pois naquela época, devido à Revolução Industrial ocorria uma intensa massificação dos produtos. Ruskin via o design como um conjunto que abrangia a estética, a forma, o social, a função e a política. Influenciado por Ruskin, Morris tinha interesse em integrar teoria e prática. Suas idéias era baseadas no Socialismo, e ele via no Design um modo de integrar arte com reforma social. Morris também era contra a massificação, e achava que o design deveria fazer parte de um processo criativo, unindo-se à arte, alcançando a categoria de arte útil. A espiritualização deveria fazer parte do design, ou seja, a criação de um objeto deveria vir de um criador, originar-se de uma idéia criativa, e não se moldar à idéia de reprodução em massa, o que traira um progresso vazio e alienante. O artista tem então, um papel fundamental para o design, segundo a escola de Morris. Morris, que foi o criador do “Movimento da Manufatura e Artes” (Arts and Crafts), defendia que o artista com uma consciência social poderia direcionar seus esforços de maneira mais interessante sendo um mero artesão, dessa forma servindo a sociedade de objetos que tivessem alem de sua função, um cuidado com a forma e estética,  e proporcionasse prazer a quem os observasse.  Vários designers foram influenciados por esse modo de pensar de Morris, como por exemplo o designer Arthur Mackmurdo, que se inspirava na História da Arte para a criação de suas peças, e defendia a abolição da distinção entre Belas Artes  e  Artes Aplicadas. Devido a tudo isso, naquela época o design era muito influenciado pela arte, principalmente porque haviam muitas questões ideológicas envolvidas, que defendiam que arte e design deveriam se unir.

Conclusão – 2ª Aula sábado, set 2 2006 

Como visto anteriormente, a arte decorativa pensava e produzia peças exclusivas para os integrantes da aristocracia. Destacou-se com seu design de detalhes, materiais nobres e de maior qualidade. O ouro foi muito utilizado. Sua forma de expressão focava principalmente o status. No séc. XIX, na Inglaterra, surgiu o DESIGN DA REFORMA. Não havia uma  preocupação tão grande com os detalhes das peças, mas sua função é pensada, agregando valores à sociedade com a preocupação de organizá-la, inserindo a sua cultura melhores condições de vida. Os móveis não tinham nenhuma intenção de uso e praticidade, as peças são elaboradas com conceito e funcionalidade. Exemplo: ESCRIVANINHA, trouxe maior organização ao ambiente de trabalho, causando até um rendimento maior nos escritórios onde eram utilizadas. MESA DE JANTAR: seu conceito foca o VALOR MORAL. Aproximando as pessoas na hora do jantar, fazendo com que elas compartilhassem seus desejos e ideais. Logicamente a REFORMA surgiu de um interesse comercial e também pelo contexto histórico, diante da evasão do campo para a cidade, com grandes concentrações de pessoas em busca de trabalho, causando grandes diferenças sociais e a reurbanização. Além disso, essa nova forma de pensar causou polêmica entre alguns artistas, que se incomodaram definindo como “rebaixamento do design”. No entanto houve uma modificação na cultura e hábitos da sociedade. As peças dos designers se tornaram COMMODITIES, mercadorias de valor agregado, diferente do que acontecia na arte decorativa. O acesso aos objetos aumentou cada vez mais e a população passou a ter aquilo que antes só pertencia aos “escolhidos”, a aristocracia. Com a Revolução Industrial e avanço da tecnologia, houve boa aceitação da sociedade causando um aumento excessivo da produtividade. Assim, o padrão de vida dos artistas e também dos seus consumidores aumentou, modificando as relações sócio-econômicas e estabelecendo a função do design para a sociedade.

Conclusão – 1ª Aula quarta-feira, ago 23 2006 

Poltrona revestida em ouro 24K. França, inicio do séc. XIXEm meados do século XVI, objetos decorativos começaram a ter pela primeira vez um valor de status atribuídos a eles. A monarquia e a nobreza começaram a se interessar por esses adereços, tapeçarias, porcelanas, e artefatos de decoração, foram transformados em objetos de desejo e luxo, através da aplicação de ouro em livros e porcelanas, que demonstrava prestígio e posição social. Surgiu então, a primeira indústria de manufatura de artes decorativas, comandada por Charles Le Brun que supervisionava as atividades manufaturadoras da Gobelins, onde assinava os desenhos que iam nas tapeçarias. Na Alemanha também se iniciou a manufatura de peças valiosas de porcelana para a burguesia. Todo esse surgimento levou à necessidade de que artistas se dedicassem ao desenho de peças exclusivas, agregando mais valor a esses produtos. Os artistas começaram a assinar como diretores de criação, sendo que a produção mecânica do produto era feita por trabalhadores manuais. Essa situação levou os artistas a terem uma situação social privilegiada em relação aos que manufaturavam os produtos. O advento desse novo tipo de desenho leva a uma nova preocupação estética no começo de séc. XVIII: o desenho de livros e materiais impressos. Surge então, um novo mercado para artistas, que se dedicam à criação de livros, estudos de diagramação, tipografia, espaçamento, margens e formas das letras que são realizados, com o objetivo de se criar modelos de obras mais elaboradas e com maior legibilidade. Graças a esse novo movimento do design foi criado um mercado que abrangia mais do que somente artistas, abriram-se espaço para tipógrafos, diagramadores, ilustradores e outros profissionais da área; e com isso o livro se tornou um objeto mais acessível. Esse período foi muito importante para a evolução das artes gráficas, pois daí surgiu o sistema de fontes utilizado até hoje, influenciando designers dos dias atuais.